O filme retrata a história de um garotinho indiano chamado Ishaan Awasthi, de nove anos e que diferente de seu irmão mais velho que era o primeiro aluno da classe e motivo de elogios por parte dos professores, o nosso garotinho tinha um sério problema. Era repetente da terceira série, e tinha grandes dificuldades em ler e escrever e fazer várias outras atividades normais para uma criança de sua idade, como por exemplo, arremessar uma bola ou amarrar o cadarço dos sapatos.
Pelos vizinhos Ishaan era visto com um encrenqueiro brigão, pelos professores como um burro, preguiçoso e rebelde, que tirava zero em todas as matérias, não levava suas provas assinadas e matava aula. A mãe do menino, muito carinhosa, cuidava de revisar as matérias da escola todos os dias, e cobria seu filho de amor. Com o irmão tinha um bom relacionamento também, mas com seu pai, por mais que clamasse por amor ou pelo menos um pouco de demonstração de afeto, só recebia cascudos e críticas. O pai também via o filho como um perdedor preguiçoso que não viraria nada na vida e só traria desgosto à família.
Com isso, no meio do ano o garoto foi mandado, para seu horror e desespero, a estudar em um orfanato. Se as coisas para ele já eram difíceis antes, agora então estavam cada vez pior. Os professores aplicavam-lhe castigos severos, e destruíram qualquer resquício de autoestima que ainda pudesse haver nele. Até pintar que era sua grande paixão ele deixou de fazer. Vivia deprimido pelos cantos e não falava com mais ninguém direito.
O pequeno teve sua sorte mudada quando apareceu na escola um professor de artes temporário. Mesmo sendo diferente dos demais professores, Ishaan não consegui vencer o bloqueio que havia criado. Juntando alguns sintomas e informações, logo o professor descobriu o problema do aluno. Mais do que isso, viu nele o seu reflexo da infância. Não era de preguiça, burrice ou pirraça que a criança padecia, mas sim de dislexia. Após visitar a família do garoto, o professor começou a preparar o espírito dos alunos para aprender a lidar com uma situação nova, e também a despertar o interesse em Ishaan, que ao poucos percebeu que o professor o entendia, mesmo sem nunca ter sido direto com ele e jogado na cara o seu problema.
Ao invés disso, o professor expôs o caso para o diretor do colégio e se propôs a mostrar que o garoto não era um caso perdido, mas ao invés disso só precisava de mais tempo e que fosse trabalhado com ele de uma maneira diferente. O diretor acabou sedendo ao pedido do mestre que se comprometeu, ele mesmo a passar duas horas por dia com Ishaan o ensinando.
O garoto não só conseguiu progredir com seu aprendizado, como também se mostrou um grande artista com a pintura. Mais que isso, foi vencedor de um concurso promovido pela escola, à pedido do professor, e teve sua pintura como capa do anuário do colégio, além de conquistar o respeito de todos os colegas e professores e o amor de seu pai.
Se há um filme que trás grandes lições para as nossas vidas, que emociona e deva ser assistido, é esse. Ele tem o poder de encantar o telespectador com as pinturas, cria compaixão pelas pessoas que sofrem desse e de antas outras dificuldades e mostra muito amor ao próximo. Com isso, até os casos considerados perdidos de algumas pessoas são solucionados. Valeu cada minuto que fiquei parada assistindo.
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