quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mídia e Imposição Estética

Padrão de beleza, existe um? Se não tinha, a mídia fez o “favor” de criar. Barriga de tanquinho, cabelo esticado, bronze de praia, curvas bem definidas. A pessoa com estas características é considerada bonita e talvez tenha a possibilidade de conseguir alguma coisa na vida.
O ponto de inspiração são os outdoors e as revistas de moda. Homens e mulheres se sacrificam para tentar ficar igual a uma coisa que sequer existe de verdade. Vivemos no mundo do irreal e as imagens ali vistas são fabricadas pelo photoshop.
Sem medir as consequências, muita gente morre nas mesas de cirurgia esperando mudar o corpo e da maneira mais pratica e rápida possível. Quem não entra nessa onda, recorre a outros meios. A bulimia e a anorexia fazem parte da receita de beleza.
Cada vez mais a mídia reforça esse pensamento de que se você não tiver o padrão de beleza que eles estipularam, não será uma pessoa feliz. A telinha mostra o problema e a “solução” para isso. Nas novelas, as pessoas magras e perfeitas. Nas propagandas, comprimidos e shakes que te deixarão iguais aos artistas.
Que beleza é essa que escraviza e sacrifica tantas almas? Mas a culpa no final das contas não é só da mídia. Os que se deixam levar por ela e não aceitam o que são, também estão no erro. Um ser que Deus criou perfeito e a Sua semelhança virou mera fabricação midiática.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mídia e Imperialismo Cultural

O que difere o brasileiro dos outros países é a sua cultura. Cada um tem seu idioma próprio, sua comida típica, religião predominante, etc. Tinha tudo para ser perfeito não fosse por uma coisa. A mídia resolveu dar uma “mãozinha” para que os países se socializassem. Assim, uma nova cultura foi criada, a das tendências.
Nesse meio, o que era diferenciado vira uma coisa só. Não existe um ser e sim uma massa que faz as mesmas coisas, come as mesmas coisas, vestem o mesmo tipo de roupa e frequentam os mesmos lugares. A forma mais eficiente de criar novas tendências para essa cultura é através dos filmes e novelas.
Quando fizeram a novela O Clone, todo mundo queria fazer aulas de dança do ventre, as pessoas começaram a comer quibe e outras coisas típicas da região e até algumas palavras foram adotadas ao dicionário ambulante de cada um. O mesmo aconteceu em outra novela, essa mais recente. A parada dessa vez foi na índia. Com a nova novela no ar, as lojas mudaram seus manequins e muita gente passou a se vestir como os personagens da telinha. Até os pacotes turísticos passaram a ter maior demanda de viagens para o lugar que apareciam principalmente nas novelas.
Com os filmes não é muito diferente. Todo mundo quer ser igual ao bandidão que nunca é pego pela polícia ou então igual ao mocinho que sempre fica com a menina mais bonita do elenco. Essas coisas não são tão ruins assim. É legal que haja gostos comuns em determinadas situações. O problema é que a vida virou um faz de conta, onde as pessoas deixam de ser elas mesmas e passam a viver dentro dos ditames dos programas de TV. A sociedade está cegada e quando acordar, a realidade será uma decepção.

Mídia e Glamorização do Sexo



A mídia tomou as rédeas e está fazendo o papel dos pais. A informação que antes vinha de casa agora vem da rua e da telinha. Os tempos mudaram, e muito. As crianças já nascem praticamente sabendo o que é sexo. As moças que antes casavam virgens e sem saber das “coisas”, hoje com 12 ou 13 anos já são mães.
Um dos motivos pelos quais isso acontece é porque o tempo que era gasto em atividades ao ar livre, agora é ocupado por horas na frente da TV. A maioria dos pais trabalha fora e por isso perde o controle do que seus filho assistem na TV. As emissoras perderam o juízo de vez e mesmo em horário nobre, mostram cenas de nudez ou cena.
Tanto novelas como filmes dão um jeitinho de burlar a classificação indicativa e a informação chega aos menores de forma distorcida e prejudicial. Uma coisa que deveria ser um presente de Deus, hoje é praticada abertamente pelos jovens de todas as idades. As virtudes perderam espaço e foram substituídas pelo prazer. Um jovem virgem é motivo de chacotas e admiração por parte dos demais. Eles não são comuns.
O que a mídia não fala é dos problemas que podem ocorrer na vida de um jovem sexualmente ativo. O primeiro fato é que quanto mais cedo começam a praticar sexo, maior probabilidade há para um número excessivo de parceiros. Com isso, as chances de contrair um DST são muito maiores.
Na vida do faz de conta da TV isso nunca acontece. O mocinho “pega” todas as garotas e sempre está bem. As pessoas trocam de parceiros como quem troca de roupa e nada acontece com elas. Mas na vida real a realidade é outra. Os jovens se tornam frustrados, desequilibrados emocionalmente e muitos contraem AIDS ou outras doenças do gênero.
Bom era o tempo em que os pais tinham alguma voz sobre seus filhos, quando a inocência pairava sob as cabeças das crianças. A mídia está plantando a nossa sociedade de amanhã. É esse o tipo de pessoas que eles querem ter a frente do andamento do país? Hoje ela vê apenas o grande bolo de dinheiro que ganham pela audiência de seus programas. O que não vêem é o rombo que vai ficar no caixa quando a sociedade abrir os olhos e começar a denunciar e causar processos. Nesse momento eles farão papel de inocente e dirão que não é com eles.

A Perfeição de Deus em Todas as Coisas


Deus em Seu infinito amor criou o mundo em sete dias. Em cada um deles fez surgir belas coisas, de todos os tamanhos e cores. Por último, Ele moldou e soprou Seu fôlego de vida no ser humano tornando-o alma vivente. A partir da costela do primeiro homem, criou a mulher para ser sua companheira. Feito isso, realizou o primeiro casamento. E viu Deus que isso era muito bom.
Ele sabia como torná-los felizes e a forma mais adequada para que aprendessem e desenvolvessem sua capacidade de pensar e decidir. Quando olharam a sua volta, Adão e Eva viram o mundo que Deus havia criado para eles. Rapidamente puseram-se a observar as coisas e a criar algum vínculo com tudo o que estavam vendo.
Os cinco sentidos foram postos no homem com um importante propósito. Para um perfeito e completo desenvolvimento, seria preciso muito mais do que o tato ou o olfato. Sem a visão, o aprendizado para compreender o ambiente a sua volta seria prejudicado e a probabilidade de sobrevivência cairia vertinosamente.
Através do olhar, muita coisa era e é dita sem que se pronuncie palavra alguma. A imagem transmite um significado profundo, muitas vezes melhor compreendida que um maçante texto. Outro fato que deve ser levado em conta é que o homem atual mudou completamente seu estilo de vida com relação àquele do princípio. Devido à aceleração global, ninguém mais tem tempo de parar para analisar o significado de um conglomerado de palavras. A imagem por si só deve dizer o que o texto não consegue de forma tão rápida e eficiente.
Sem as imagens se perde um dos maiores presentes que Deus poderia dar ao Seu semelhante. O maior deles, é a vida mas, com certeza, a visão e as imagens são peças chave para que esta seja mantida.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mídia e a Reificação da Mulher



Antigamente, o único direito que as mulheres tinham era o de ficar caladas, cuidando do marido, da casa e dos filhos. Não podia opinar, trabalhar fora, ser independente ou votar. Graças ou não a mídia, o quadro que temos da mulher hoje é um pouco diferente.
           As que no passado sonhavam com um príncipe em cima do cavalo branco, que casaria com elas e viveriam felizes para sempre, hoje sonham com a formação acadêmica e a realização profissional e o corpo perfeito. Família ficou em segundo plano.
           Tudo o que elas querem é ser donas de seu próprio nariz. Querem independência. Depender de um homem para se sustentar é para as fracas. A mídia investe pesado em coisas para fazê-las sentir-se mais e mais poderosa. Roupas, sapatos e perfumes são coisas que as tornam invencíveis. Além dessas propagandas, outras são mostradas ressaltando a sexualidade e a feminilidade delas.
           Mulheres comuns fazem de tudo para ficar iguais ou parecidas com as modelos que vêem nos banners e nas comercias. No fim das contas, acabam se tornando produtos como os que compram e a beleza das modelos, a maioria não alcança. Elas não sabem ou se esquecem de que tudo é fabricado, nada é de verdade. Acham que sua felicidade está no ser e possuir.
           Movidas pelo lado sentimental, acabam deixando-se levar pela emoção. Frustradas por não alcançar seus objetivos, muitas caem na depressão, são infelizes ou se matam.
           As mulheres... O que aconteceu com elas foi que se tornaram mimadas como crianças que ganham tudo dos pais. Só que esses pais, diferente dos de verdade, estão ali para lhes sugar tudo o que conseguirem. A mídia é interesseira. Quer receber sem ter que dar.

Mídia e Racismo


Pode-se dizer que a mídia é a forma de governo mais eficiente que se tem hoje. Ela manipula e faz com o ser humano o que bem entende. Com tamanho poder, dita suas próprias regras.  Devido a essa relevância social, têm promovido exclusão dos mais diversos grupos: mulheres, pretos, indígenas, estrangeiros, grupos de outras regiões do país, pobres, etc.
Em primeira instância, os negros. Eles compõem 45% da nossa população e na maioria das vezes são tratados como se nem existissem. Quando retratados nas novelas atuais, representam na maioria das vezes, papéis de empregados dos brancos. Os jornais, quando lembram de noticiá-los, é como bandidos. Nas propagandas, dificilmente aparecem em destaque.
Assim como eles, índios e estrangeiros têm um destino similar. Do contrário, as mulheres são bastante retratadas nas novelas e propagandas. Mas isso não é motivo de orgulho. Nas publicidades, são postas como objetos sexuais. Nas novelas, uma ou outra são trabalhadoras honestas que dão duro para vencer na vida. O que costuma acontecer, é a aparição de piruás consumidoras, com pouca capacidade de pensar e decidir por si só. Estão quase sempre representando um papel de submissão.
Salvo em raras exceções, quando em frente à TV, as pessoas abrem suas mentes e deixam entrar tudo o que está sendo oferecido. Ninguém pára para analisar as pequenas piadinhas que estão sendo feitas em rede ou notam a ausência de um determinado grupo de pessoas nos programas.
Os donos da mídia é a população. Para haver algum tipo de mudança é necessário mudar gradativamente essa realidade midiática. Por mais jargão que possa parecer, cada um tem que ser a mudança que quer ver no mundo. Quando um grande grupo se organiza para protestar a discriminação ou falta de algum direito, não há mídia que resista sem reeducar seus hábitos.

Mídia, Capitalismo e Consumo Supérfluo


Considerada uma atividade corriqueira, sem muita importância, o consumismo vem tomando cada vez mais espaço na nossa sociedade. Segundo Zygmunt Bauman em sua obra “Vida Para Consumo”, o mesmo é “uma condição, e um aspecto, permanente e irremovível, sem limites temporais ou históricos; um elemento inseparável da sobrevivência biológica que nós humanos compartilhamos com todos os outros organismos vivos.”
O consumidor acha que o produto está ali para facilitar sua vida enquanto na verdade, a indústria se comporta como um parasita, cujo único intuito é sugar o que pode da população. Em depoimento ao documentário “Corporation,” um empresário afirma que vê na calamidade, uma forma de conseguir mais dinheiro.
Sem conseguir ficar para trás nas tendências essa sociedade imediatista prega que mais importante que ter e juntar, é descartar e trocar. Preocupados com o julgamento que irão receber dos que estão a volta, pessoas dão o sangue para mover a roda do consumo. Quem não acompanha a moda é rejeitado. Essa é a incessante busca para satisfazer a necessidade de relações sociais. Necessidade que sem sombra de dúvida escraviza.
Ninguém vai estar plenamente satisfeito com o que já conseguiu. Todos querem um pouco mais. Enquanto esse ciclo vicioso continua, pessoas se endividam, a natureza é destruída e os empresários enchem os bolsos. Nada é de graça. O consumismo também tem seu preço.