segunda-feira, 25 de junho de 2012

O fabuloso destino de Amélie Poulain



Amélie Poulaim tinha tudo para crescer e ser uma pessoa cheia de problemas e desgostosa da vida. Filha de um pai que só encostava nela para as consultas mensais, e uma mãe problemática, cercada por um estado de estresse contínuo, a menina não sabia o que era ter um amigo de verdade. Devido à emoção do contato físico com o pai durante o exame clínico mensal, o coração da pequena garota disparava e o pai constatou que ela tinha um problema de coração.


Dessa forma, Amélie era educada em casa pela sua mãe, que era professora. Ela não tinha contato com outras crianças e seu único amigo era um peixinho. Este era um suicida e pulou do aquário. A menina entrou em desespero e após salvar o peixe, a mãe decidiu que ele deveria ser jogado na represa e assim, Amélie perdeu o seu único amigo. Para consolar o coração da pequena, a sua mãe deu de presente a ela uma máquina fotográfica de segunda mão. Passou a tarde fotografando e por infelicidade do destino presenciou um acidente de carro.


Seu vizinho sacana disse que a câmara dela tinha causado aquela tragédia e Amélie não só acreditou na história dele como também se sentiu culpada por todas as desgraças que haviam acontecido no mundo e que ela presenciou no jornal da noite. Só depois ela percebeu que seu vizinho havia lhe pregado uma peça e então decidiu se vingar. Durante os momentos decisivos do jogo de futebol Amélie puxava o fio da antena da TV e o vizinho perdia os lances mais importantes do jogo.
Sozinha e sem amigos, a menina vivia mergulhada em um mundo de fantasias, onde se punha a imaginar as coisas mais diversas. Uma delas era que uma mulher que se encontrava em coma apenas havia decidido dormir todo o sono que tinha de uma vez para poder ficar acordada pelo resto de sua vida. E assim Amélie passava os seus dias.


Um belo dia a mãe a levou à igreja para pedir que Deus lhe desse de presente um irmãozinho. Parece que houve uma pequena falha de comunicação nesse percurso, pois ao saírem da igreja, uma mulher destinada a tirar sua vida jogou-se da torre da igreja e caiu bem em cima da Sra. Poulaim, matando-a na frente de Amélie. Agora a garota ficou sem irmãozinho e sem a mãe também. Passou a viver sozinha com o pai, que se fechou ainda mais no seu mundo.
Mais abandonada do que nunca ela se agarrou na esperança de crescer logo para poder sair de casa e ver o mundo e as pessoas. Alguns anos depois ela realiza o seu sonho e vai trabalhar em um café, indo visitar o pais aos finais de semana.
Apesar de ter saído de casa, a vida da moça não mudou muita coisa. No período em que não está no trabalho, continua na companhia da sua solidão. Sua vida muda quando a tampa do seu frasco de perfume cai de suas mãos e bate em uma das lajotas do banheiro. Esta está oca e ao removê-la Amélie encontra uma caixinha. Emocionada ela percebe se tratar de um “tesouro” de um garoto que morou em seu apartamento nos anos 50. Nela estão alguns guardados de sua infância. Naquele momento ela decide que vai encontrar o dono e devolver-lhe o seu tesouro.


Após algumas buscas frustradas, ela finalmente o encontra e dá um jeito de entregar-lhe a caixinha sem que este descubra quem a enviou. Ao longe ela observa a reação do homem e ao vê-lo emocionado, sente-se em perfeita sintonia com o mundo. Mais do que isso ela se sente feliz e decide que dali para frente ela vai ajudar as pessoas. Assim ela começa a conhecer as pessoas do prédio onde mora e a se relacionar com elas.


Sem que saibam, ela as ajuda a ter uma vida melhor ou a realizar um sonho. Com isso ela acaba se ajudando também e além de ajudar as pessoas a conseguir alguma coisa, ela acaba encontrando o seu grande amor também.
Um filme que a princípio parecia um tanto estranho, no final das contas encanta e diverte o seu espectador. Além de ser um excelente convite ao entretenimento, ensina algumas coisas para quem o assiste.


4 comentários:

  1. Apesar de o final ser muito obvio, alias essa ultima imagem do post ja conta o final, é ate interessante, acho que ela deveria ter ficado sozinha, faria mais sentido, ela desvendou o misterio da cabine de fotos, ajudou o cara que ela gostava e depois ele seria atropelado por aquele carrinho de malas que passa nessa hora do filme. Como no começo do filme, as coisas acabariam mal e ela continuaria vivendo esse absurdo... nossa, cruel!! Alias, de certa forma Amelie é mal, consegue ser meiga e cruel ao mesmo tempo, gosto disso. Enfim, como não é drama e sim comédia romantica, missão cumprida. A cena dela dando dinheiro pro mendigo e ele não aceitando porque não trabalha aos domingos foi muito boa!

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  2. Bacana seu ponto de vista Léo. Também achei um sarro a cena do mendigo. Só não entendi o que vc quis dizer com Amelie ser meiga e cruel...?

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  3. acho que nao escolhi as palavras certas, o meiga e cruel é o fato de ela ter mudado a vidas das pessoas pro bem e pro mal, ela deu esperança pra vizinha com a suposta carta perdida do marido morto, fez o pai dela sair de casa, entre outras coisas boas mas ela usou o mesmo metodo pra fazer o vendedor achar que tava louco.
    O que eu disse que gostei é que ela soube dosar e fazer isso muito bem feito, sem ferir ninguem. Mas eu enxerguei ela como sendo calculista, de uma maneira inocente ela brincou com a vida dessas pessoas, mudou o destino delas.
    Sera que foi uma analise muito fria!? percebi agora que consegui tirar todo sentimentalismo do filme, escolhi a palavra meiga pela foto da capa, no fime as vezes ela faz aquele olhar do gato de botas do Shrek quando quer alguma coisa sabe!?

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  4. Rsrsrs. Hum...agora entendi. Pensando por este lado, vc tem razão mesmo...

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