domingo, 24 de junho de 2012

A aventura do pudim de natal


Quem já conhece os livros da Agatha Chrstie sabe que a autora segue a temática do romance policial, aliás, ela é considerada a “Rainha do Crime.” Foram vendidos mais de 2 bilhões de exemplares dos seus livros, cujos enredos permeiam em torno de tudo que trás mistério e que mereça ser desvendado. Seus maiores detetives são Hercule Poirot e a velha e simpática senhora, Miss Marple.




A escritora trabalhou como farmacêutica no período da Primeira Guerra Mundial, o que lhe engajou grande conhecimento a respeito de poções e venenos, tão costumeiramente usados em seus livros.
O romance “Assassinato no Expresso do Oriente” virou filme de grande sucesso e em 1952 a peça “A Ratoeira” foi estreada com maior tempo de cartaz na história do teatro. Fora esta, Agatha Christie é autora de mais onze peças, 79 romances, afora os contos e romances românticos que publicou sob o pseudônimo de Mary Westmacott.


O livro: “a aventura do pudim de natal”, publicado em 1960, é uma coletânea composta por seis histórias. As cinco primeiras histórias são protagonizadas pelo detetive Hercule Poirot e a última pela adorável velhinha, Miss Marple. O primeiro enredo dá título ao Best Seller e narra à história de um precioso rubi pertencente à família real, que foi roubado e deve ser localizado antes do casamento do príncipe, sem que sequer saibam que a pedra sumiu.
Com exceção da primeira trama que acaba apenas encenando uma morte e tem seu foco principal no roubo do rubi, as demais são todas histórias de assassinato. Em relação a outros livros da autora, pode-se dizer que essa coletânea não foi dos seus melhores feitos. De forma atípica a solução do segundo crime não foi explicitamente mostrada. Deixa tudo no ar e já entra na próxima história. Quem lê distraidamente passa para o próximo caso e pode chegar à conclusão de que Poirot está tentando descobrir esse terceiro caso para então chegar a uma resposta para o segundo, o que não acontece.


Hercule Poirot é um detetive belga, baixinho e sustenta um enorme bigode. Extremamente extravagante e orgulhoso, chega a causar antipatia em alguns. Aprecia a ordem e o método e para desvendar os casos usa a psicologia humana, interrogando os envolvidos até chegar a uma lógica dedutiva. Em sua última característica assemelha-se com Sherlock Holmes, que também se utiliza de método científico em seus casos. Ambos fumam cachimbo por um longo tempo quando estão com uma investigação complicada.
 Apesar do grande volume de publicações, Agatha Christie consegue surpreender a cada livro, com uma história de mistério, bem amarrada, desenrolar fascinante e que em diversos momentos bagunça a cabeça do leitor, que segue sua própria investigação em uma linha própria e é derrotado pela autora que apresenta o verdadeiro culpado do crime. Dependendo do caso chega a ser frustrante. Mesmo assim, quem não gosta de crimes e sangue nos filmes, vai se apaixonar por eles na leitura.


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