quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quem sou eu?



Acabo de passar uma hora com a minha psicóloga e no trajeto de vola para casa me pus a pensar, quem sou eu? Se sou alguém, não passo de um produto daquilo que as pessoas querem que eu seja. É difícil definir se há em mim algo de autêntico. Por exemplo, falo pelos cotovelos mas, será que esta é uma característica particular minha ou será que é simplesmente o fruto do meu subconsciente desesperado por conquistar a aceitação das pessoas, de modo que recorro a todas as medidas para ver se elas me aceitam.
Nesse instante mesmo eu estou aqui me preocupando em usar as palavras certas para ver se com minhas palavras consigo impressionar as pessoas que ocasionalmente venham a ler este texto. Nesse mesmo instante meu cérebro está processando a informação de que devo tentar escrever pouco nesse post porque um amigo do trabalho comentou que as postagens são muito longas.
Ao mesmo tempo que me agarro em uma característica que julgo ser minha, me pergunto se não sofri interferência de ninguém naquele meu novo comportamento.
O que percebo é que não apenas eu, mas a maioria, senão todas as pessoas vive tentando agradar uma pessoa ou grupo a fim de ser aceito. A própria sociedade em que vivemos nos dita isso. Levados por essa onda, nos tornamos pessoas inseguras, sem opinião própria e que muitas vezes sequer sabem definir se querem ou esperam alguma coisa de suas vidas.
Ok. Já cheguei a conclusão que pelo menos 98% de mim é reflexo de outras pessoas, mas apesar disso, os 2% restantes me fizeram atinar de que há alguma coisa de errada. Nem tudo está perdido e posso criar uma personalidade própria. Só preciso me reeducar a absorver por osmose tudo que me é lançado. Essa é a parte mais difícil, sair do rebanho que é ditado por regras e chicotadas, e me tornar alguém com personalidade própria.
Quem sou eu? Ainda não sei, mas já dei o primeiro passo que é querer mudar.
Posso dizer que aqui me libertei. Se vou agradar alguém com esse texto eu não sei, mas o que importa é que criei coragem de desabafar e dizer o que realmente penso e sinto. Se alguém não gostar desse post, sorry. Ele está classificado como pensamentos e devaneios, o que me torna por fim, LIVRE!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Kangaroo Jack



Apesar do nome do filme, o protagonista do filme aparece do meio para o final do mesmo. Tem início com o pequeno Charlie Carbone brincando de futebol americano na praia e a bola acaba indo parar na água. Não sabendo nadar, Charlie começa a se afogar e é salvo por um outro garotinho, Louis Booker.
Passado vinte anos os dois continuam sendo amigos, desde o ocorrido na praia. Agora Charlie é cabeleireiro do salão que o padrasto mafioso lhe deu de presente (mas apesar disso fica com a maior parte do lucro) e o Louis é um baita atrapalhado que vive se metendo em roubadas e leva o amigo a se dar mal com ele. Toda vez que Charlie tenta se esquivar do negócio da China do amigo, este joga na sua cara que o salvou na praia e que portanto o outro está em débito com ele.
Um dia Louis chama Charlie para ajudá-lo a entregar umas televisões em um galpão (que ele nem desconfia ser do padrasto) e sem querer acaba atraindo a policia para o local. Os dois conseguem escapar e como tentativa de se redimir com o padrasto, esse lhe dá uma última chance para se redimir indo entregar um envelope na Austrália para o Sr. Smith.


Quebrando as regras, Louis abre o pacote durante o voo e descobre que lá dentro há muito dinheiro. Chegando na Austrália, eles pegam a estrada e em certa altura atropelam um canguru. Achando-o muito parecido com o Kangaroo Jack eles colocam a jaqueta vermelha de Loius, que ele considera da sorte, no animal e para completar o visual, o óculos de sol de Charlie. Aproveitando o momento da piada, começam a tirar fotos com o animal até que este, dado por morto, acorda e some na paisagem.


A princípio Charlie fica feliz por ter se livrado da jaqueta de Louis, mas fica desesperado ao saber que o envelope com a grana do Sr. Smith estava dentro do bolso dela. Começa uma busca frenética pelo canguru, mas quanto mais tentam recuperar o dinheiro, mais confusão eles arranjam.
No meio do percurso eles conhecem Jessie e em troca de dois mil dólares para salvar uma espécie de coelhos em extinção, ela aceita ajudá-los a encontrar o canguru e recuperar a grana. O que ela não sabe é que o valor do pacote é muito maior do que lhe foi informado e sequer desconfia que os dois estão na Austrália a mando de um mafioso.


Por fim, eles descobrem que na verdade a missão deles é pagar um mafioso, que será pago para matá-los. Por sorte a polícia chega a tempo e antes disso Charlie ainda salva Louis de despencar de um precipício. No fim das contas os bandidões são presos e Charlie se torna um homem muito rico, além de ter ao seu lado o seu amigo Louis e sua bela esposa Jessie, interpretada por Estella Warren.


Mas já que o nome do filme é Kangaroo Jack, esse exigiu que o filme terminasse com ele fazendo gracinhas e se gabando de suas habilidades. Assim como nos desenhos da hora warner, ele aparece dentro de um círculo e fala a tão conhecida frase do final desses desenhos: “isso é tudo pessoal.”
Quem quiser se divertir e dar boas risadas, esse filme é a pedida certa!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O fabuloso destino de Amélie Poulain



Amélie Poulaim tinha tudo para crescer e ser uma pessoa cheia de problemas e desgostosa da vida. Filha de um pai que só encostava nela para as consultas mensais, e uma mãe problemática, cercada por um estado de estresse contínuo, a menina não sabia o que era ter um amigo de verdade. Devido à emoção do contato físico com o pai durante o exame clínico mensal, o coração da pequena garota disparava e o pai constatou que ela tinha um problema de coração.


Dessa forma, Amélie era educada em casa pela sua mãe, que era professora. Ela não tinha contato com outras crianças e seu único amigo era um peixinho. Este era um suicida e pulou do aquário. A menina entrou em desespero e após salvar o peixe, a mãe decidiu que ele deveria ser jogado na represa e assim, Amélie perdeu o seu único amigo. Para consolar o coração da pequena, a sua mãe deu de presente a ela uma máquina fotográfica de segunda mão. Passou a tarde fotografando e por infelicidade do destino presenciou um acidente de carro.


Seu vizinho sacana disse que a câmara dela tinha causado aquela tragédia e Amélie não só acreditou na história dele como também se sentiu culpada por todas as desgraças que haviam acontecido no mundo e que ela presenciou no jornal da noite. Só depois ela percebeu que seu vizinho havia lhe pregado uma peça e então decidiu se vingar. Durante os momentos decisivos do jogo de futebol Amélie puxava o fio da antena da TV e o vizinho perdia os lances mais importantes do jogo.
Sozinha e sem amigos, a menina vivia mergulhada em um mundo de fantasias, onde se punha a imaginar as coisas mais diversas. Uma delas era que uma mulher que se encontrava em coma apenas havia decidido dormir todo o sono que tinha de uma vez para poder ficar acordada pelo resto de sua vida. E assim Amélie passava os seus dias.


Um belo dia a mãe a levou à igreja para pedir que Deus lhe desse de presente um irmãozinho. Parece que houve uma pequena falha de comunicação nesse percurso, pois ao saírem da igreja, uma mulher destinada a tirar sua vida jogou-se da torre da igreja e caiu bem em cima da Sra. Poulaim, matando-a na frente de Amélie. Agora a garota ficou sem irmãozinho e sem a mãe também. Passou a viver sozinha com o pai, que se fechou ainda mais no seu mundo.
Mais abandonada do que nunca ela se agarrou na esperança de crescer logo para poder sair de casa e ver o mundo e as pessoas. Alguns anos depois ela realiza o seu sonho e vai trabalhar em um café, indo visitar o pais aos finais de semana.
Apesar de ter saído de casa, a vida da moça não mudou muita coisa. No período em que não está no trabalho, continua na companhia da sua solidão. Sua vida muda quando a tampa do seu frasco de perfume cai de suas mãos e bate em uma das lajotas do banheiro. Esta está oca e ao removê-la Amélie encontra uma caixinha. Emocionada ela percebe se tratar de um “tesouro” de um garoto que morou em seu apartamento nos anos 50. Nela estão alguns guardados de sua infância. Naquele momento ela decide que vai encontrar o dono e devolver-lhe o seu tesouro.


Após algumas buscas frustradas, ela finalmente o encontra e dá um jeito de entregar-lhe a caixinha sem que este descubra quem a enviou. Ao longe ela observa a reação do homem e ao vê-lo emocionado, sente-se em perfeita sintonia com o mundo. Mais do que isso ela se sente feliz e decide que dali para frente ela vai ajudar as pessoas. Assim ela começa a conhecer as pessoas do prédio onde mora e a se relacionar com elas.


Sem que saibam, ela as ajuda a ter uma vida melhor ou a realizar um sonho. Com isso ela acaba se ajudando também e além de ajudar as pessoas a conseguir alguma coisa, ela acaba encontrando o seu grande amor também.
Um filme que a princípio parecia um tanto estranho, no final das contas encanta e diverte o seu espectador. Além de ser um excelente convite ao entretenimento, ensina algumas coisas para quem o assiste.


O caso dos dez negrinhos



Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove;
Um deles se engasgou e então ficaram nove.
Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito!
Um deles cai no sono, e então ficaram oito.
Oito negrinhos vão a Devon de charrete;
Um não quis mais voltar, e então ficaram sete.
Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis
Que um deles se corta, e então ficaram seis.
Seis negrinhos de uma colmeia fazem brinco;
A um pica uma abelha, e então ficaram cinco.
Cinco negrinhos no foro, a tomar os ares;
Um ali foi julgado, e então ficaram dois pares.
Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez
O arenque defumado, e então ficaram três.
Três negrinhos passeando no Zôo.
E depois? O urso abraçou um, e então ficaram dois.
Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum;
Um deles se queimou, e então ficou só um.
Um negrinho aqui está a sós, apenas um;
Ele então se enforcou, e não ficou nenhum.
Esse verso de criança, aparentemente tão inocente, relata como morrem dez pessoas na Ilha do Negro. A convite do misterioso U.N. Owen, essas dez pessoas vão passar uma semana numa ilha. Cada um recebeu um convite personalizado, com características que torne o desconhecido Sr. Owen familiar. Desse modo, todos aceitam o convite sem sequer se perguntarem quem é esse homem. Além do mais, a ilha em questão tem sido motivo de muitas especulações das pessoas, pois ninguém sabia quem a havia comprado. De certa forma, esses dez que foram convidados a conhecê-la de graça, sentiram-se honrados de serem escolhidos dentre tantos outros curiosos para a estadia na ilha.
Levados por uma lancha são recebidos na ilha pelo mordomo da casa, que transmite as desculpas do anfitrião que não poderá encontrá-los antes do dia seguinte. Aproveitam a situação para se instalarem em seus quartos e se conhecerem melhor. Nos aposentos de cada um, existe uma moldura com o poema dos dez negrinhos, tão familiar de suas infâncias. Mais tarde desfrutam todos de um delicioso jantar e se põem a conversar animadamente. Eles percebem que na mesa se encontram dez pequenas figuras de negrinhos de porcelana.


Após a refeição, enquanto conversam são surpreendidos por uma voz vinda da parede, que começa a acusar cada um dos presentes de ter cometido um crime de morte. Todos ficam horrorizados e de tão afetada, a esposa do mordomo e então cozinheira, sofre um desmaio. Depois de reanimá-la põem-se a procurar a origem da voz misteriosa. Em um cômodo à parte encontram uma antiga vitrola engenhosamente depositada junto à parede. Voltam o disco e começam a ouvir novamente a narrativa das acusações.
Indagado, o mordomo confessa que sob ordens do Sr. Owen havia feito aquela façanha. Passado o susto, resolvem beber e na euforia do momento Anthony James Marston talvez tenha bebido deliberadamente rápido, mas fato é que ele se engasgou, ficou sem ar, com aspecto arroxeado e caiu morto. Tentaram ainda salvar o infeliz, mas já era tarde demais.


Na manhã seguinte, o mordomo Rogers chama o Dr. Armstrong apavorado, pois não conseguia acordar sua esposa. Às pressas o médico foi ao quarto e constatou que a Sra. Rogers estava morta.
Após o café da manhã deram a notícia para os demais presentes. Foi mais ou menos nesse momento que perceberam que não mais havia dez negrinhos sobre a mesa, mas apenas oito. Até então não cogitavam a possibilidade de um assassinato em massa, mas após esses acontecimentos...
Depois da terceira morte eles finalmente concluíram que um assassino louco estava à solta pela ilha e fizeram uma busca minuciosa por toda ela. Não encontraram ninguém. A única conclusão a que chegaram foi a de que algum deles ali presentes era o assassino. Todos concordaram e uma onda de medo passou a perambular sobre todos. Um desconfiava do outro, e a cada morte o medo se intensificava mais.
Conforme as pessoas iam morrendo, os negrinhos de porcelana iam sumindo de cima da mesa. Todos só queriam saber de ir embora, mas o tempo fechou e eles ficaram presos dentro de casa. Tudo era muito estranho, mas eles sequer podiam dizer que a casa era mal assombrada, pois era clara, não possuía nenhum compartimento secreto e era extremamente moderna. Tudo isso deixava as pessoas ali presentes ainda mais assustadas.


Assim como no poema dos dez negrinhos, um a um foi morrendo. Quem não tinha uma morte igual ao que estava descrito no poema, era o mais parecida possível. Ficaram duas pessoas na ilha, e agora, cada um deles tinha certeza que o outro era o assassino. No minuto seguinte, houve um disparo e um corpo cai inerte no chão. “Um negrinho aqui está a sós, apenas um” Como era mesmo a última estrofe do poema? Sim... “Ele então se enforcou, e não ficou nenhum.” A última pessoa sobe para o seu quarto e misteriosamente uma forca havia sido preparada à sua espera. Sem raciocinar mais, tomada pelo medo, cansaço e o choque pelos últimos acontecimentos, ela se enforca.
Um grupo de escoteiros encontra um dos corpos que jazia entre duas pedras na praia. A polícia foi chamada e lá estavam dez corpos e nenhuma viva alma que pudesse ser acusada. Depois de muito quebrar a cabeça e investigar, a polícia recebe uma carta nada anônima contando como tudo aquilo fora planejado e executado. Mas, quem quiser saber como tudo realmente aconteceu, vai ter que ler o livro! 

domingo, 24 de junho de 2012

A aventura do pudim de natal


Quem já conhece os livros da Agatha Chrstie sabe que a autora segue a temática do romance policial, aliás, ela é considerada a “Rainha do Crime.” Foram vendidos mais de 2 bilhões de exemplares dos seus livros, cujos enredos permeiam em torno de tudo que trás mistério e que mereça ser desvendado. Seus maiores detetives são Hercule Poirot e a velha e simpática senhora, Miss Marple.




A escritora trabalhou como farmacêutica no período da Primeira Guerra Mundial, o que lhe engajou grande conhecimento a respeito de poções e venenos, tão costumeiramente usados em seus livros.
O romance “Assassinato no Expresso do Oriente” virou filme de grande sucesso e em 1952 a peça “A Ratoeira” foi estreada com maior tempo de cartaz na história do teatro. Fora esta, Agatha Christie é autora de mais onze peças, 79 romances, afora os contos e romances românticos que publicou sob o pseudônimo de Mary Westmacott.


O livro: “a aventura do pudim de natal”, publicado em 1960, é uma coletânea composta por seis histórias. As cinco primeiras histórias são protagonizadas pelo detetive Hercule Poirot e a última pela adorável velhinha, Miss Marple. O primeiro enredo dá título ao Best Seller e narra à história de um precioso rubi pertencente à família real, que foi roubado e deve ser localizado antes do casamento do príncipe, sem que sequer saibam que a pedra sumiu.
Com exceção da primeira trama que acaba apenas encenando uma morte e tem seu foco principal no roubo do rubi, as demais são todas histórias de assassinato. Em relação a outros livros da autora, pode-se dizer que essa coletânea não foi dos seus melhores feitos. De forma atípica a solução do segundo crime não foi explicitamente mostrada. Deixa tudo no ar e já entra na próxima história. Quem lê distraidamente passa para o próximo caso e pode chegar à conclusão de que Poirot está tentando descobrir esse terceiro caso para então chegar a uma resposta para o segundo, o que não acontece.


Hercule Poirot é um detetive belga, baixinho e sustenta um enorme bigode. Extremamente extravagante e orgulhoso, chega a causar antipatia em alguns. Aprecia a ordem e o método e para desvendar os casos usa a psicologia humana, interrogando os envolvidos até chegar a uma lógica dedutiva. Em sua última característica assemelha-se com Sherlock Holmes, que também se utiliza de método científico em seus casos. Ambos fumam cachimbo por um longo tempo quando estão com uma investigação complicada.
 Apesar do grande volume de publicações, Agatha Christie consegue surpreender a cada livro, com uma história de mistério, bem amarrada, desenrolar fascinante e que em diversos momentos bagunça a cabeça do leitor, que segue sua própria investigação em uma linha própria e é derrotado pela autora que apresenta o verdadeiro culpado do crime. Dependendo do caso chega a ser frustrante. Mesmo assim, quem não gosta de crimes e sangue nos filmes, vai se apaixonar por eles na leitura.


sábado, 23 de junho de 2012

Rango



É o quarto filme em que o diretor Verbinski e Johnny Depp (Rango), trabalham juntos. Só no Brasil foram vendidos 981.871 ingressos. Primeiro longa em computação gráfica do diretor Gore Verbinski, Rango deixa claro desde o início que será um filme de faroeste. A abertura é feita com um quarteto de corujas cantoras musicais, mas no momento seguinte, aparece um lagarto usando camisa havaiana, preso dentro de um aquário cheio d’água, em um monólogo com uma boneca sem cabeça, um peixe de dar corda, uma palmeira de plástico. Mais tarde aparece também um violão que ele toca.



Diferente das demais animações que se vê por aí, Rango com certeza não é um filme para crianças, com personagens bonitinhos e fofinhos. Apesar das partes engraçadas, a essência de Rango é profunda e seu tema é a falta de água na cidade de Poeira. A começar pelo nome da cidade, a seca quase pode ser sentida por quem vê o filme através da paisagem de areia e as garrafas empoeiradas e vazias que tilintam sob a brisa quente do deserto.


Dentro desse cenário, o lagartinho protagonista é inserido e destoa dos demais personagens. Para começar, ele estava acostumado a viver uma vida fresca e solitária dentro do seu aquário cheio de água. Enquanto todos os moradores de Poeira usam roupas características de cidades do Velho Oeste, o lagarto aparece com uma camisa havaiana. Com certeza o local em nada se parece com o Havaí.



Uma característica peculiar dos personagens são os seus grandes e expressivos olhos, que reforçam a ideia do desespero e angústia que sentem pela falta de água. Rango trás a esperança para os moradores de Poeira, que o tornam o xerife da cidade. Como já é de se esperar, a água, como bem mais precioso da cidade, é a moeda de troca deles. Os habitantes da cidade a depositam em um banco e há muitos anos quem manda na cidade é o prefeito (uma tartaruga em cadeira de rodas). Esse mesmo prefeito diz uma frase bastante interessante: “Quem detém a água controla o poder.” Com esse pensamento ele engana a cidade durante anos. Apesar de não ser um filme brasileiro, qualquer semelhança com os nossos políticos não deve ser mera conhecidência.



Em comum com os demais filmes de faroeste, o lagarto se enquadra no papel do caubói solitário, e assim como Clint Eastwood que é famoso pelos seus papeis como um cara durão, Rango tenta ganhar seu espaço e se tornar popular. Como os demais heróis do faroeste, Rango também se apaixona pela “mocinha”, que neste caso é a dona Feijão, uma estranha criatura pra lá de caipira que tenta salvar as terras do seu falecido pai.



Na animação, um aspecto bastante trabalhado é o psicológico e comportamental dos personagens, em especial, o de Rango e a Srta. Feijão. Ele passa o filme todo em um incessante busca para descobrir quem ele é e ela, em situações em que se sente ameaça ou que a pressão é muito forte, fica com seu corpo completamente paralisado e fica “fora do ar”. Feijão pode ser considerada a Maria Bonita do Velho Oeste, pois diferente dos demais personagens que são inocentes e manipuláveis, ela sabe dos seus direitos, se envolve com as questões políticas e se propõe a descobrir as corrupções que ocorrem na cidade. Como qualquer outro filme, Rango tem lá os seus problemas, mas também é um filme inteligente, engraçado e riquíssimo em detalhes.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Item 63

Depois de muita enrolação e impossibilidades, eu finalmente consegui cumprir com a promessa que tinha feito para a minha cunhada. Ela vai embora para o Pará no mês que vem, e se eu não tivesse feito o combinado a tempo, ia acabar me sentindo culpada até. Mas, para quem não leu a lista, no item 63 eu prometia fazer uma pizzada para a minha cunhadinha querida. Sábado a noite finalmente saiu e as minhas pizzas, modesta a parte, ficaram uma delíciaaa!!!